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Júri didático de feminicídio será realizado nesta quinta-feira na PUCRS

Uma atividade que proporcionará aos estudantes do ensino médio e de Direito da PUCRS uma experiência prática sobre o funcionamento do tribunal do júri. Nesta quinta-feira, 14/11, às 9h, será realizado no Salão de Atos da PUCRS, em Porto Alegre, o julgamento de um caso de tentativa de feminicídio. O evento, que integra o Projeto "Júri na Escola", será conduzido pela Juíza da 4ª Vara do Júri da Comarca de Porto Alegre, especializada em feminicídios, Cristiane Busatto Zardo, e contará com a participação de alunos de graduação da PUCRS e alunos das escolas Maristas Graças, Rosário, Champagnat, São Pedro, Ipanema e Assunção, Colégio Anchieta, Farroupilha e alunos do 3º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Agrônomo Pedro Pereira. Também estarão presentes representantes das Escola Estadual de Ensino Médio Rafaela Remião, Escola Estadual de Educação Básica Gomes Carneiro, Colégio Estadual Cel. Afonso Emílio Massot e Colégio Leonardo da Vinci - Beta. Esta edição do projeto Júri na Escola também conta com o apoio da banda gaúcha Nenhum de Nós, uma das principais atrações do cenário pop & rock brasileiro em atividade. No julgamento, serão ouvidas duas testemunhas de acusação - a vítima e uma policial militar. A previsão é que o júri se estenda até o final da tarde. Pelo Ministério Público atuará a Promotora de Justiça Luciana Cano Casarotto, e pela defesa do réu, o advogado Christian Penido Tombini. Processo Conforme denúncia do Ministério Público, no dia 1/09/18, por volta das 6h30min, na Av. Farrapos, Bairro Floresta, em Porto Alegre, o denunciado tentou matar  Priscila Santos Santos com golpes de espátula, faca e um pedaço de borracha causando-lhe as lesões no tórax. O crime só não se concretizou porque a vítima conseguiu escapar e foi rapidamente socorrida. Durante a agressão, Priscila tentou se defender com uma faca, mas o acusado tomou a arma e continuou os ataques. A vítima conseguiu se desvencilhar e buscar ajuda em um posto da Brigada Militar nas proximidades. No interrogatório realizado durante a instrução processual, o réu negou o crime, alegando que ele próprio teria sido agredido pela vítima, sua companheira na época, com uma espátula, sofrendo ferimentos no braço e cotovelo. Ele ainda afirmou que ambos estavam sob efeito de drogas e álcool no momento do incidente. De acordo com o MP, o ataque teria sido motivado por desprezo à condição feminina de Priscila, sem motivo aparente, dentro do contexto familiar, considerando que o acusado era companheiro da vítima.
13/11/2024 (00:00)
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